Dança pra Mim?

Mais uma vez no ônibus. Após alguns dias adoentada, voltei.
Antes de dizer o que me foi ministrado essa manhã, gostaria de contar uma experiência que tive em um dos dias em que mais sofri com a dengue.



Tinha acabado de voltar do hospital. Além de cansada por ser flagelada com agulhas e drogas, eu estava com medo. Havia feito novos exames e tudo ia mal. Minhas plaquetas e leucócitos estavam ainda mais baixos, o que por muito pouco poderia me levar a um quadro de hemorragia, e até à morte. Nesse dia não dormi direito. Não pela dor que sentia fisicamente ou pelas reações do vírus em meu corpo, mas por sentir medo de morrer. Senti um medo tão grande de morrer, que possivelmente você conseguiria ver em meu rosto o quão assustada estava.

Amanheceu, minha mãe (que cuidou o tempo todo de mim) preparou um café da manhã reforçado, com suco de beterraba e limão, pãozinho integral, para que eu pudesse recuperar as forças. Assim que ela foi me entregar, disse que naquele dia teria que ir trabalhar. Fiquei ainda mais desesperada, porque iria ficar sozinha. Não imaginava que naquele dia eu seria completamente constrangida por meu Paizinho.

Por volta das 16h daquele dia, senti uma vontade incontrolável de orar. Então, coloquei uma música do Nic Billman, e sentada no sofá orei.

Naquele momento expressei toda a minha gratidão pela vida que o Senhor me dera. Agradeci por tudo, inclusive por estar doente. Então, eu lembrei de algo que Ele havia dito há um tempo, "independente de tudo, você é minha". E ouvi suavemente, "não se preocupe, você é minha"...

Chorei ainda mais. Chorei e agradeci mais ainda, estava tendo uma linda experiência com Ele e Seu cuidado, em um dia difícil.

Em um outro momento da oração, comecei a ler "Entre as Flores e os Feridos", também do Nic Billman. E como todas as vezes que li, chorei. Logo em seguida, Ele pediu para que eu dançasse pra Ele. Já eram umas 18h, e tudo estava escuro e não senti necessidade alguma de acender as luzes. Então, no escuro, levantei do sofá e comecei a dançar. Enquanto dançava, ria e sentia a doce presença do Pai na sala da minha casa. Quando todo o mover "acabou", não havia medo nenhum em mim.

O vírus provavelmente ainda estava circulando em meu corpo, mas diferente de duas horas atrás, eu não estava com medo de morrer. E ainda maior, eu tinha a convicção de que se vivesse ou morresse, não teria problema algum, eu era (sou) Dele.

Continuo tendo muitos medos, incertezas e receios. Mas depois desse dia eu sei, em vida ou morte, serei Dele.

Ah, fluiu mais do que imaginei o texto, bem mais. Então, mais tarde ou amanhã eu posto sobre a experiência que tive hoje cedo no ônibus. Tá?

Fique em Paz, e lembre-se, você é Dele.

Ah, ouça a música <3
Amigo Fiel - Nic e Rachel Billman


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