a Eternidade me estragou

Você irá acordar, e verá esse texto enorme em sua timeline.

Embora os dias não tenham sido tão bons, você sabe que são só alguns dias, que por mais desconfortantes que sejam, são apenas dias ruins. Dias ruins que sempre antecederão dias bons.

Então, você acorda. 
No relógio, entre duas ou três da madrugada. Uma dor no braço, um filme estranho na TV e sua irmã ligando do outro lado do mundo para dizer que a dor no estômago não passou.

Se preocupa, é claro.
Sai da cama, leva as cobertas para a sala e deita no sofá. Pega o celular e escreve, descreve.



Uma sensação muito peculiar alcança sua mente e coração, possivelmente, Ele chegou.

Visitas inesperadas e fora do horário comercial são as mais frequentes. Desde que entende que a vida é regida por Alguém Maior que todos, sua vida não é mais a mesma.

O mal não é feito com tranquilidade, tão pouco consciência limpa.
Os atos mesmo que impensados, acabam de alguma forma passando por sua mente.

Se arrepende facilmente das babaquices armadas, e sempre quer voltar atrás.
Esquece do mal feito contra você, e entende algo muito doloroso, outrora chamado perdão.

Escreve textos estranhos, chorosos e descompensados. Procura nos sorrisos uma brecha para sorrir junto.
Grita e sussurra, braveja e escandaliza. Raspa a cabeça, emagrece alguns quilos e acorda cedo.

Pede ao mundo que não te maltrate muito, porque a sua própria mente faz isso muito bem.
Chora ao ouvir uma música nova, um abraço apertado ou uma declaração antiga.

Sente saudade de quando não tinha dívidas, ansiedade latente ou máscara alguma.
Entende a verdade, se apresenta ao Amor, e às 4h25 resolve tomar um novo rumo.

Rumo, que em suma, nome bonito para resumo ou resenha, só te torna ainda mais estranha.
Descobri, não contestarei, a Eternidade me estragou.

(Leia 2 Coríntios 5).

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